sábado, 24 de outubro de 2009

O estado do Turismo

Poderia começar como comecei no passado 14 de Janeiro, poderia dar o mesmo título que dei ao anterior post, mas não, apesar de se ter passado quase 1 ano, desta vez não o vou fazer.
A pouco mais de 2 meses do final de 2009, pode-se dizer que o ano não foi nada famoso, mas também não foi tão mau como se pintava.

O que foi mau foi ver que quer instituições quer empresários, neste caso no sector do turismo, pouco ou nada inovaram no sentido de promover o destino e de inovar. Inovar no sentido de tentar no mínimo inverter a situação.

É pena constatar que a teoria do “está mal” “há que fazer qualquer coisa” e ficar à espera que a solução “caia do céu” continua a ser o lema principal.

Triste é ver também os empresários como foi o caso de um conceituado Administrador de um conceituado empreendimento de luxo vir a público dizer que as empresas do sector turístico só poderiam ter competitividade se os trabalhadores ganhassem o ordenado mínimo. Esqueceu-se esse senhor que são os funcionários motivados que, na maioria dos casos fazem a diferença, sendo determinantes para o sucesso ou insucesso de uma empresa.

Talvez esse referido senhor, cujo prazo de validade já está mais que expirado, tenha razão, talvez os quadros altos das empresas e administradores de certas instituições que são autênticos lobbys e entraves ao desenvolvimento devessem ter os seus ordenados revistos para o mínimo nacional.
Sorte a dele que eu não sou colaborador de nenhuma das empresas dele, pois se o fosse teria, a partir do dia em que fez a celebre declaração menos um colaborador motivado na busca de enriquecer alguém que não o merece.

Se ano após ano não aparecem soluções num sector onde muitas são as potencialidades mas as soluções são sempre as mesmas, esses altos quadros tornaram-se em autênticos “papa-recursos”, não justificando de nenhum modo os altos salários que auferem.

Resumindo e concluindo, tirando o facto de 2009 ter sido marcado por um cenário de crise, não surgiu nada de novo no panorama nacional deste sector económico, que, tal como outros, apenas teve um pretexto para justificar a falta de resultados e de imaginação para os conseguir.

Potencial temos, sempre o tivemos e se ninguém destruir o já escasso património histórico, cultural e ecológico que temos, iremos continuar a ter.

Formas eficazes de o promover existem, é só uma questão de acabarem com certos preconceitos e promoções favorecendo o interesse daqueles que têm mais peso politico e promoverem o país e cada região em prol de todos, explorando todas as potencialidades, todos os segmentos de turismo e não de acordo com o interesse de alguns.

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